ABSTRACT
Vinte pacientes foram avaliados, sendo aplicadas, às escalas de ansiedade IDATE - Traço e Estado (Inventário de Ansiedade traço-estado), o SRQ-20 (self report questionnaire), a escala de ansiedade dental (EAD) e a escala visual analógica (EVA), para mensuração da dor esperada. Durante a exodontia, os pacientes foram monitorados através de um oxímetro multiparamétrico, para coletar os valores de batimento cardíaco, saturação de oxigênio e pressão arterial, em períodos pré-determinados. Logo após a cirurgia, foi novamente aplicada aEVA, para mensuração da dor vivenciada, e repetida no período de 48 horas e de 7 dias. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística. Dos 20 pacientes avaliados, 12 eram mulheres, com predominância da faixa etária de 41 a 50 anos. A prevalência de transtornos psiquiátricos menores, obtidos através do SRQ-20, foi de 25%. A maioria dos pacientes avaliados (80%) já havia extraído algum elemento dentário, sendo que 65% relataram a presença de dor quando daconsulta. Através da escala de ansiedade dentária, constatou-se que apenas 15% dos pacientes foram classificados como ansiosos frente ao tratamento odontológico. A média dos escores da EVA, referentes à intensidade da dor esperada, pontuados pelo paciente, foi de 4,7 e da dor vivenciada, logo após o procedimento, foi de 1,3, sendo observada uma diferença estatisticamente significante entre estes valores. Quando correlacionados os escores do IDATE (Traço e Estado) e da EVA, nãofoi observada uma correlação estatística entre eles. Para os sinais vitais, nos diferentes momentos cirúrgicos, não foram constatadas diferenças estatisticamente significantes. Conclui-se que não houve uma correlação entre a presença de dor aguda e sintomas ansiosos.
Twenty patients were evaluated, and the dental anxiety scale (DAS), the Visual Analogous Scale (VAS) and the Self Report Questionnaire (SRQ-20) were applied to the State-trait Anxiety Inventory (IDATE - Trace - anxiety) scales, for the measurement of the expected pain. Patients were monitored during surgery through a multiparametric oxymeter to collect heart frequency, oxygen saturation and blood pressure values in predetermined periods. Soon after surgery, VAS was applied again to measure the actual pain present, the procedure being repeated within the period of 48 hours and 7 days. Data collected was submitted to statistical analysis. Of 20 patients evaluated, 12 were women, with ages predominantly between 41 to 50 years.Theprevalence of minor psychiatric disturbances, obtained with the aid of SRQ-20, was 25%. Most of the evaluated patients (80%) had already extracted some dental element, and 65% reported pain during consultation. With the aid of the dental anxiety scale, only 15% of the patients were considered anxious in relation to the odontological treatment. The mean VAS score due to the intensity of the expected pain scored by the patient was 4.7, and with reference to the actual pain,right after the procedure was 1.3, and observed a statistically significant difference between these values. When compared the IDATE (Trace - State) and VAS scores, it not reported a statistical correlation between these values. For vital signs, in the different surgical moments, no statistically significant differences were observed. There was not a correlation between the presence of acute pain and anxiety symptoms.